segunda-feira, 9 de abril de 2012

Estudo detecta variação genética relacionada à obesidade infantil


Pesquisadores da Filadélfia conduzem maior estudo de genoma infantil.
Análise conclui que questões ambientais e genéticas influenciam.


Como um dos principais problemas de saúde da sociedade moderna, a obesidade tem recebido cada vez mais a atenção do público, especialmente pelo aumento na prevalência da doença entre as crianças. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Hospital Infantil da Filadélfia, nos Estados Unidos, a obesidade infantil pode ter uma influência genética maior do que se tem notícia.

O estudo foi publicado nessa semana na versão online da revista científica “Nature Genetics”.
"Este é o maior estudo do genoma da obesidade infantil, em contraste com estudos anteriores que se concentraram em formas mais extremas de obesidade, principalmente relacionados com síndromes de doenças raras", diz o autor do estudo Struan Grant, diretor associado do Centro de Genômica Aplicada do Hospital Infantil da Filadélfia.
"Como consequência, temos definitivamente identificada e caracterizada uma predisposição genética para a obesidade infantil."
A análise de casos incluiu 14 estudos anteriores abrangendo 5.530 casos de obesidade infantil e 8.300 jovens com peso normal, todos de ascendência europeia. A equipe do estudo identificou dois tipos de marcador genético, um perto do gene OLFM4 no cromossomo 13, o outro dentro do gene HOXB5 no cromossomo 17. Eles também encontraram um grau de evidência para duas variantes de outros genes. Entretanto, nenhum desses genes foi totalmente relacionado à obesidade.
"Este trabalho abre novas possibilidades para explorar a genética da obesidade infantil", disse Grant.
"Muito trabalho resta a ser feito, mas estes resultados podem vir a ser úteis para ajudar a projetar futuras intervenções preventivas e tratamentos para crianças, com base em seus genomas individuais."

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